Estudos realizados pela ODCA (Open Data Center Alliance) mostram que foi grande o progresso feito na obtenção de máquinas virtuais que rodam em diferentes tipos de hypervisors, mas ainda não estão ao nível adequado de portabilidade que as empresas estão buscando.
Segundo Das Kamhout, conselheiro da ODCA, “Não há a menor intenção da indústria para a interoperabilidade”, embora isso seja vital, pois “Departamentos de TI querem ser capazes de mover máquinas virtuais entre nuvens públicas e privadas e entre diferentes nuvens privadas”.
O estudo conclui que este processo ainda está em fase inicial e estão sendo feitas mudanças para atender as necessidades para a portabilidade, mas ainda há muito a ser feito, uma vez que o mesmo estudo aponta muita facilidade em mover as VMs em ambientes de nuvens.
Seu foco foi a facilidade de uma máquina virtual poder ser movida através de diferentes hypervisors, o ESXi, da VMware, o Xen, da Apache Software Foundation, o Hyper-V, da Microsoft e o KVM, open source. Cada VM continha uma cópia do Windows Server 2008, Ubuntu ou CentOS, versão do Red Hat Enterprise Linux (RHEL).
O método de teste utilizado foi desenvolvido usando definições de interoperabilidade básica da ODCA. Os testes mostraram que as VMs funcionavam bem quando executadas em outro hypervisor. Os resultados foram divididos em três categorias:
- Bem sucedida: a VM trabalhava automaticamente em seu novo ambiente;
- Em alerta: a VM rodou, mas precisou de intervenção manual;
- Falha: a VM não rodou em seu novo ambiente e precisou de ferramentas adicionais.
Através desse estudo, foi descoberto que em 13 casos os testes resultaram em advertências e outros 19 casos falharam completamente. Somente em dois casos a VM rodou perfeitamente em diferentes hypervisors: a VM criada com Xen que funcionou sem problemas em um ambiente Microsoft Hyper-V, tanto em Ubuntu quanto em Windows Server 2008.
Foi necessária a emissão de uma série de avisos, a maioria devido à dificuldade da VM em adquirir um novo endereço de IP, também com relação às configurações de memória ou velocidade de CPU. Foram perdidas algumas funcionalidades como a possibilidade de pausar ou retornar a VM em execução.
Segundo Kamhout, “Em algumas situações, com os avisos, as coisas devem ser OK, mas pode exigir alguma intervenção manual, e intervenção manual não é o melhor”.
Os dados ainda revelam que o Windows Server 2008 é capaz de trabalhar com mais facilidade em diferentes hypervisors, enquanto o CentOS necessita de trabalho adicional, por isso “O Windows Server 2008 foi o mais tolerante a mudanças”, completa Kamhout.