Pagar com Pix é interessante para consumidores que querem agilizar a aprovação de compras durante a Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (26). Isso porque o sistema do Banco Central, usado em sites de grandes varejistas e em vários tipos de e-commerce, é instantâneo e liquida as transações em até 10 segundos. Justamente por ser tão ágil na transferência de dinheiro, o Pix se tornou um dos meios favoritos dos criminosos para a aplicação de fraudes digitais. O fato causa insegurança entre os consumidores: dois em cada três brasileiros têm medo de comprar com Pix, segundo pesquisa da PSafe.
O sistema de pagamento, no entanto, é seguro. Basta conferir os dados da transação com atenção e ficar alerta aos golpes, evitando atitudes como abrir links suspeitos recebidos via WhatsApp ou SMS e acessar o aplicativo do banco usando redes Wi-Fi públicas. A seguir, o TechTudo lista essas e outras três dicas para comprar via Pix com segurança.
Pix é opção para agilizar pagamentos na Black Friday 2021 — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
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1. Não compre a partir de links compartilhados via WhatsApp e SMS
É preciso ter cuidado com links recebidos via WhatsApp, e-mail e SMS, especialmente se forem encaminhados por remetentes desconhecidos. Esse tipo de comunicação é bastante utilizada em ataques de phishing, que têm o objetivo de fazer a vítima acessar páginas fraudulentas, muitas vezes com layout idêntico ao de e-commerces legítimos, para roubar informações e dados pessoais.
Em períodos promocionais como a Black Friday, essas mensagens podem conter promessas de brindes, descontos especiais ou ofertas exclusivas. Ao visitar uma dessas páginas maliciosas, o consumidor pode cair na tentação de fazer uma compra falsa para aproveitar a suposta oferta e acabar fazendo uma transferência para os criminosos. Além do Pix, os bandidos também aplicam golpes com boleto bancário e cartão de crédito.
Promoções falsas prometem brindes ou descontos em mensagens divulgadas via SMS, e-mail ou WhatsApp — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
Para não cair em golpes dessa natureza, evite clicar em links recebidos por WhatsApp e SMS. Em vez disso, prefira acessar a página da loja digitando o endereço do site diretamente no navegador. Vale também conferir a reputação de lojas pouco conhecidas em sites como ReclameAqui ou Consumidor.gov.br para checar avaliações de outros clientes.
2. Não pague fora da plataforma de e-commerce
Durante as compras online na Black Friday, é fundamental que o pagamento seja realizado na mesma plataforma em que o usuário estava visualizando o catálogo. Desconfie caso o site ou aplicativo peça para que você finalize a compra em uma página externa ou solicite que você acione um número de WhatsApp para receber a chave do Pix.
Lojas confiáveis possuem sistema de e-commerce integrado para facilitar o pagamento dentro do mesmo ambiente, incluindo a liberação do pagamento via Pix. Além disso, essa é uma garantia de ressarcimento do valor, caso a encomenda não chegue.
3. Estabeleça um limite para as transações
Por padrão, o usuário pode realizar transferências de qualquer valor via Pix. No entanto, é possível determinar um limite para evitar a realização de transações maiores do que o permitido pelo consumidor. Essa determinação do Banco Central foi colocada em prática em outubro deste ano e protege as pessoas de serem vítimas de fraudes ou de serem obrigadas a fazer transações de alto valor em assaltos ou sequestros.
Aplicativos de bancos permitem ajustar o valor do limite do Pix de forma fácil — Foto: Reprodução/Rodrigo Fernandes
Atualmente, todos os serviços bancários permitem alterar o limite do Pix pelo próprio aplicativo do banco, como Bradesco, Itaú, Santander e Nubank. A mudança pode ser feita de forma fácil pelas configurações do app. Para diminuir o valor do limite, o registro é feito imediatamente. Para aumentar o valor máximo, por sua vez, há um prazo de 48 horas para efetivação da solicitação, por questões de segurança.
Vale ressaltar que os pagamentos via Pix nos grandes varejistas são feitos via código QR, que carrega todos os dados de pagamento de forma automática e segura. Mesmo assim, o usuário deve ficar atento a todos os dados de quem vai receber o valor antes de confirmar a transação, pois não é possível reverter o envio de um Pix.
4. Não faça transferências logado em redes Wi-Fi públicas
Muitas pessoas usam redes Wi-Fi públicas de shoppings, restaurantes e hotéis para economizar o pacote de dados móveis ou para alcançar maior velocidade durante a navegação. No entanto, é preciso ter cuidado com essa prática. Especialistas orientam o consumidor a nunca deve fazer compras utilizando redes Wi-Fi públicas, porque elas são mais vulneráveis do que as redes privadas.
É importante evitar fazer transações via Pix em redes Wi-Fi públicas — Foto: Pond5
Ao acessar o aplicativo do banco por esse tipo de conexão, o usuário pode ter seu acesso rastreado por invasores dentro da rede, tornando-se uma presa fácil para criminosos que tentem roubar os dados. Além disso, existem malwares que são capazes de alterar até mesmo o código de barra de pagamentos visando redirecionar os valores para os bandidos. Por isso, ao fazer um Pix, o ideal é usar a rede móvel do seu smartphone até concluir a operação.
5. Tenha cuidado com QR Codes falsos
Os QR Codes destinados a pagamentos via Pix fornecidos por grandes varejistas e lojas confiáveis contêm as informações precisas da transação, como valor correto da compra e CNPJ do destinatário da transferência. Mesmo assim, vale conferir cada informação sem pressa antes de finalizar o pagamento para evitar realizar uma transação com valor maior do que o devido, ou ainda que o dinheiro seja enviado para a pessoa errada.
É preciso conferir dados contidos no QR Code ao fazer pagamento via Pix — Foto: Reprodução/Lívia
Além disso, vale lembrar que um QR Code legítimo do Pix não solicita que o usuário faça o download obrigatório de arquivos, tampouco direciona a navegação para outro site. Se isso ocorrer, há grandes chances de ser uma tentativa de golpe.
Fonte:
TechTudo