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Chegamos ao esgotamento da faixa de alocação de endereços IPv4

Esgotamento do IPv4

A partir de hoje, a alocação de endereços de IP (do inglês, Internet Protocol – Protocolo de Internet) versão 4 entra em sua fase terminal, conforme divulgado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). É o final da disponibilidade de recursos da versão 4 de endereçamento IP, gerando um rígido racionamento.

Segundo o diretor presidente do NIC.br, Demi Getschko, logo na ocasião quando projetava-se a falta de endereços IPs, adotou-se um estoque único entre o Brasil, América Latina e Caribe, e agora, ao atingir o esgotamento, impactou também com fim no Brasil.

A consequência disso é que a partir desse momento as organizações do Brasil receberão no máximo 1024 endereços IPs (semelhante a um prefixo /22) a cada de seis meses, independente da necessidade de blocos maiores.

O NIC.br explica que “Para esse processo de terminação gradual foi reservado o equivalente a dois milhões de endereços IPv4 através de uma política proposta e aprovada pela própria comunidade Internet”. Ao final desse estoque, estarão disponíveis ainda cerca de dois milhões de endereços IPv4 de uso exclusivo para novos solicitantes com limite de 1024 endereços.

Essa situação já ocorreu na Ásia e na Europa há três e dois anos respectivamente. O NIC.br relata que o recurso na versão 4 é limitado a quatro bilhões de endereços, e para a continuidade de uso de expansão da rede será preciso usar o protocolo IP na versão 6 (IPv6).

Com a mudança do sistema de 32 para 128 bits será possível inúmeras combinações imaginando-se, da mesma forma que projetou-se para o IPv4, que será para sempre. Gerará uma demanda de adesão das redes e equipamentos para que se sustente a expansão.

Para Getschko, “O esgotamento de endereços nessa versão do protocolo faz parte do crescimento da Internet, e no Brasil seu crescimento é notavelmente grande. Nesse momento, a preocupação principal é estimular a adoção do IPv6.”

Ainda segundo informações do NIC.br, em torno de 68% das organizações brasileiras que integram a internet como Sistemas Autônomos já estão preparados e iniciaram a alocação de blocos IPv6.