Conforme divulgado pela Reuters, agência de notícias britânica, um novo alvo de interesse dos hackers é atacar dados médicos confidenciais que chegam a valer um valor médio de até dez vezes mais que de um número de cartão de crédito.
A TrapX, empresa de segurança digital com escritórios nos Estados Unidos, Inglaterra, Israel e Hong Kong, apresentou um relatório que menciona ações de invasão em redes de hospitais através de um malware chamado de MEDJACK, que traz risco e compromete diversos dispositivos eletrônicos médicos, inclusive de grandes instituições de saúde.
Dentre os dispositivos mencionados no relatório que podem sofrer ataques são sistemas de arquivamento de imagens, sistemas de comunicação, equipamentos de diagnósticos (raio-X, ultrassom, ressonância magnética e tomografia), medicina intensiva (respiradores, oxigenação por membrana extracorpórea e hemodiálise, circulação extracorpórea) e terapêuticos (máquinas cirúrgicas, bombas de infusão e raio laser).
O resultado do levantamento realizado pela TrapX aponta que os equipamentos médicos utilizados nos hospitais investigados são baseados em sistemas operacionais Microsoft Windows 2000, XP e Linux, que já estão defasados tecnologicamente e em alguns casos as versões chegaram a ser alteradas para adaptações do aplicativo, tornando vulnerável a ataques e invasões.
Mesmo que identificado nos hospitais o uso de firewall entre a borda do link de internet e a rede de dados interna, além de outras soluções de segurança e proteção como antivírus, antimalwares e intrusão, a TrapX concluí que o departamento de tecnologia de informação das instituições não possui acesso aos equipamentos médicos, que são gerenciados exclusivamente pelo próprio fabricante, e assim não permite o mesmo manter qualquer controle de detecção de ataque como no caso MEDJACK que com facilidade passa a infectar o aparelho.
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