A aquisição de produtos eletrônicos faz com que muitos consumidores que decidem concretizar suas compras já passem a planejar outras futuras de acordo com os lançamentos previstos pelos fabricantes.
No interesse pelo celular, principalmente, a troca de aparelho por novo modelo e com mais recursos é cada vez mais frequente, e com base no estudo realizado no último semestre de 2013 entre o Idec, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, e a empresa Market Analysis, permite afirmar que o tempo médio de vida de um celular nas mãos de um brasileiro nem ao menos chega aos três anos, e portanto apresenta o menor tempo de descarte entre os produtos eletrônicos.
O estudo refere-se ao mercado brasileiro e apresenta índices relacionados à troca de produtos eletroeletrônicos pelo consumidor em menos de três anos que representam 54% de aparelhos celulares, incluindo smartphones, seguido de 32% câmeras digitais, 29% computadores, 27% impressoras, 20% micro-ondas e 20% DVD/Blu-Ray. Outros itens pesquisados apresentaram média de dez anos de uso sem troca, entre eles: 49% geladeira, 41% fogão, 34% televisão e 33% lavadora de roupa.
A inovação é um dos principais motivos para a troca dos aparelhos eletrônicos, porém é possível notar outros fatores que refletem no processo de troca, onde um em cada três produtos é substituído por não funcionar mais, e três em cada dez por apresentar algum defeito. O desejo de obter um aparelho mais moderno e atualizado com mais funcionalidades também é um dos motivos, não somente por questões de utilidade, mas também por status.
Cerca de 81% dos consumidores acabam trocando de celular sem mesmo ter levado antes à assistência técnica para avaliar a possibilidade de conserto ou não. Os que levam o aparelho para reparo, a maioria opta em comprar outro celular, mesmo que aprove o conserto. Já os que desistem de consertar o produto, dão como principal motivo o valor do orçamento que é elevado demais comparado à compra de um novo aparelho.
É possível constatar que determinados públicos possuem uma incidência maior em questão da troca de seus aparelhos, principalmente mulheres que tendem a substituir seus celulares por motivos de funcionamento, enquanto os homens fazem a troca por razões de ter o mais atual possível.
Considerando-se o resultado da pesquisa classificado por níveis sociais, os consumidores da classe mais baixa substituem facilmente aparelhos que apresentam qualquer problema em relação ao funcionamento, enquanto a classe alta, como principal motivo da troca, acusa a tendência tecnológica e anseio em obter um aparelho smartphone ainda mais atualizado e com vários recursos à disposição.