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Por Claudio Martinelli, diretor-executivo da Kaspersky para a América Latina

 

Profissionais de cibersegurança nunca foram tão necessários

A Covid-19 vem obrigando as empresas a acelerarem suas transformações digitais e isso é uma boa e importante notícia para aqueles que atuam  ou desejam atuar na área de cibersegurança. Logo em poucas semanas após as medidas de isolamento social exigirem mudanças drásticas nas atividades econômicas, companhias de todo o mundo já se deram conta do quão sensível é a questão da segurança digital. E também da gravidade dos danos que a falta de cuidados com a área de segurança pode causar a todas as operações.

Nos últimos meses, foram diversas  notícias de empresas afetadas por ataques de hackers. Nem mesmo os hospitais foram poupados. O fato é que nunca foi trocada tantas informações pela nuvem e a internet se tornou ainda mais interessante para os cibercriminosos. Por esse motivo, o mercado percebeu o quanto ainda existe a carência de profissionais especializados em segurança digital.  Segundo um relatório recente da (ISC)², organização sem fins lucrativos especializada em treinamento para profissionais do setor, há pelo menos 600 mil vagas não preenchidas em cibersegurança apenas na América Latina. E o número de ofertas tende a continuar crescendo nos próximos anos.

Para aqueles que se interessam pelo tema e gostariam de mergulhar mais profundamente, nunca houve momento tão perfeito. Para quem gosta de tecnologia, mas ainda não sabe muito bem por qual caminho seguir, recomenda-se pensar um pouco mais sobre esta possibilidade.

Adeus, cara da TI

Até a década passada, ser o responsável pela segurança digital de uma empresa significava, basicamente, cuidar da instalação dos antivírus, fazer backups das máquinas, atualizar os sistemas e ainda desempenhar o papel do “chato” que bloqueava o acesso a sites e redes sociais. Normalmente, essas tarefas eram deixadas aos cuidados do famoso “cara da TI”, um profissional com conhecimento generalista de informática, encarregado de todos os assuntos tecnológicos – sendo a cibersegurança apenas um deles, nem sempre um dos prioritários.

Mas essa realidade mudou drasticamente há pelo menos cinco anos. A multiplicação de dispositivos conectados às redes corporativas, a troca intensa de informações em nuvem e o crescimento de organizações criminosas tornaram a cibersegurança uma questão muito complexa. Acredito que atualmente seja até uma irresponsabilidade de uma empresa não contar com profissionais especializados. E se refletirmos sobre o que nos aguarda para a próxima década, veremos que o cenário atual é apenas a “ponta do iceberg” de um mercado em plena expansão.

Atualmente, já não é raro encontrar grandes companhias empregando dezenas – e até centenas – de especialistas em segurança digital. Mas a expansão do 5G e a consequente aceleração do uso de máquinas inteligentes aumentarão ainda mais essa demanda. No Brasil, outro catalisador é a Lei Geral de Proteção de Dados, que está criando uma corrida por experts no assunto, uma vez que empresas e indústrias precisam se adequar à legislação, caso contrário poderão sofrer  sérias punições financeiras caso não cuidem corretamente de suas informações.

Além do conhecimento e da habilidade prática, destaco outras aptidões importantes para quem pretende ingressar nessa área. Uma delas é a curiosidade. O mercado de cibersegurança está sempre apresentando alguma novidade. Pode ser uma nova ameaça, técnica de defesa ou lançamento de produto, fato é que o profissional precisa se atualizar constantemente para acompanhar as rápidas mudanças.

Outro requisito fundamental é o conhecimento do negócio. Por exemplo, para proteger o sistema de TI de uma empresa de finanças, é preciso conhecer quais são os ataques mais comuns contra essas organizações e também as tecnologias mais adequadas para a sua defesa. Esse conhecimento permitirá, inclusive, a economizar recursos, uma vez que o profissional saberá direcionar as compras de acordo com as necessidades específicas, evitando desperdícios com aquisições desnecessárias.

Dimensão dos danos

Isso nos leva ainda a outro ponto de atenção: como convencer o gestor de uma empresa a dedicar parte de seu orçamento à cibersegurança? Embora os riscos cibernéticos sejam cada vez mais evidentes, os administradores precisam ter uma dimensão mais concreta dos danos que um ataque de hackers pode causar. Ou seja, é essencial que o especialista nessa área consiga mensurar os custos dos ataques e os seus riscos financeiros. É por isso que as certificações nas áreas de finanças e economia são muito bem vistas pelos empregadores ao escolher um profissional.

Por fim, ressalto uma outra qualidade fundamental: a de educar. Nenhuma empresa estará segura se nem todos os funcionários estiverem conscientes sobre as suas responsabilidades. Por isso, o treinamento periódico das equipes sobre os cuidados no uso dos dispositivos de trabalho tende a ser cada vez mais comum.

Ser um profissional de cibersegurança está longe – muito longe! – daquele velho clichê do nerd, introvertido, fechado em seu conhecimento em tecnologia e alienado sobre o mundo à sua volta. Estude sobre leis, economia e gestão, pois estes conhecimentos serão fundamentais para essa carreira. Desenvolva também a comunicação, pois você terá contato com todos os setores da companhia – lideranças e colaboradores. O mercado de segurança digital jamais foi tão promissor, e muitas oportunidades virão pela frente.

Precisando se tranquilizar em relação a segurança ou produtividade do seu negócio?

Entre em contato agora mesmo com a TND Brasil e deixe a preocupação de lado. 

 

Fonte exclusiva:

Blog Kaspersky