Durante o 6º Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos que ocorreu nos dias 4 e 5 de agosto na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), foram apresentados os índices de uma pesquisa sobre crimes digitais que mais têm vitimados os brasileiros, principalmente por clonagem de cartão eletrônico, compra de empresa-fantasma e a utilização de dados pessoais indevidamente.
Esta pesquisa foi feita na cidade de São Paulo com cerca de mil pessoas, onde 18% dos entrevistados relataram já ter sofrido algum crime digital em 2014 ou conhecer alguém que tenha sido vítima, ante 17,9% no ano de 2013.
O temor das pessoas de serem vítimas de fraude ou sofrer algum ataque digital representa 80,8% da pesquisa, número menor que do ano passado que chegou a alcançar 86%. Desta forma acredita-se que esse percentual tenha diminuído em função da vigência da Legislação de Crimes de Informática, como a Lei Carolina Dieckmann e o Marco Civil da Internet, que alteraram o Código Penal para tipificar como infrações uma série de condutas no ambiente digital.
Cerca de 70% dos entrevistados apontam ser favorável que os registros de acesso aos sites sejam guardados para possíveis investigações. Apesar da maioria demonstrar medo, a pesquisa apontou que não é comum manter o hábito de se prevenir contra possíveis invasões e fraudes.
Em relação às redes sociais, 87,8% das pessoas se conectam na maior parte no Facebook e na sequência Twitter, Instagram e WhatsApp respectivamente, onde 40,3% chega a permanecer até uma hora e 10,8% de duas a quatro horas por dia conectados nestes sites.
Evitar fazer compra on-line por receio de fraude apresentou um resultado de 25% que acaba prejudicando o desempenho nas vendas do comércio eletrônico. O indicador como prioridade de um site ser seguro apresentou apenas 3,2% dos entrevistados, tendo mais influência o preço e a praticidade em realizar uma compra.
Confiar na forma como os sites salvam os dados em seus sistemas chega a 30% dos entrevistados, e 65,7% não sabem realmente de que forma os sites de busca e correio eletrônico (e-mail) se mantém gratuitos, que na verdade trabalham com os dados pessoais a fim de direcionar a geração de publicidade.
Resumidamente, os principais resultados da pesquisa levantada sobre crimes no ambiente digital são: clonagem de cartões de débito e crédito (44,5%), compra de empresa-fantasma (16,5%), utilização dos dados pessoais (14,8%), compra indevida (9,3%), desvio de dinheiro da conta bancária (7,7%), não receber o produto (2,2%), entre outros.