A verdade é que todos nós já desconfiávamos. Mas, agora, a suspeita foi comprovada por um estudo publicado este mês pela revista médica BMJ Open, que dedica-se à publicação de pesquisas médicas e terapêuticas.
Em pesquisa realizada durante um período de 2 anos, associou-se o uso exagerado de dispositivos eletrônicos, principalmente os smartphones, a distúrbios no sono.
Para chegar a esta conclusão, foram avaliados os padrões de sono de quase 10 mil adolescentes na faixa de 16 e 19 anos em dois momentos: usar o celular até a hora de deitar e deixar o aparelho de lado na última hora antes de dormir.
O resultado não podia ser mais conclusivo: o uso exagerado do celular e, consequentemente, o contato extremo com as telas de LCD, causaram problemas para o sono da maioria dos participantes. E a pesquisa foi além, constatando que, quanto mais tempo o jovem permanecia utilizando o aparelho, maior a incidência de insônia.
De acordo com um dos cientistas que colaboraram com a pesquisa, o estudo ligou o uso abusivo dos smartphones à latência do início do sono, ou seja, à quantidade de tempo que se leva para adormecer, e deficiência do sono, com uma relação entre a duração e uso do celular.
Já haviam sido divulgados em outros estudos que a luz emitida pelas telas de LED poderia interferir na produção do hormônio responsável pela sensação de sono em nosso organismo, a melatonina.
Além disso, cientistas noruegueses desconfiam também que a radiação eletromagnética emitida pelos aparelhos eletrônicos seja outra possível causa de uma noite mal dormida. A hipótese já está sendo analisada e muita novidade vem por aí para poder melhorar consideravelmente nossa qualidade do sono.