Virtualização de Servidores / Virtualização de Sistema Operacional
A virtualização de servidores permite executar diversos sistemas operacionais simultaneamente no mesmo hardware, que são chamados de máquinas virtuais. Uma das características é o mascaramento dos recursos físicos (incluindo processadores, quantidade de memória, interfaces de rede), o que permite diminuir a administração de drivers nas máquinas virtuais, e transferir uma máquina virtual entre servidores físicos diferentes sem se preocupar com o hardware – técnica chamada de vMotion, XenMotion ou Live Migration, dependendo do fabricante.
Os principais hypervisors da atualidade para virtualização de servidores são: VMware ESX, Microsoft Hyper-V, Citrix Xen Server.
Virtualização de Storage
A virtualização de storage se aplica normalmente a equipamentos específicos, conhecidos como Storages, o que permite que múltiplos equipamentos sejam reconhecidos e gerenciados como um só. Normalmente também acompanha recursos avançados, como a abstração dos HDs dentro desses equipamentos, permitindo movimentar os dados entre tipos de HDs diferentes ou RAIDs diferentes, para aumentar a performance ou espaço disponível conforme necessidade.
A virtualização de storage ainda pode ser implementada via software, sendo que alguns permitem compartilhar recursos de múltiplos servidores para criar um único pool de armazenamento, aumentando a performance geral e a resiliência contra problemas.
Um exemplo de virtualização de storage via software, é o VMware VSAN. Exemplos de Storages virtualizados são o Dell Equallogic e o Dell Compellent.
Virtualização de rede
A virtualização de rede consiste em separar uma camada física de rede em diversas camadas lógicas, isoladas entre si, para fins distintos. A primeira implementação comercial amplamente adotada foi estabelecido pelo IEEE 802.1q, comercialmente chamada de VLAN. Ela permite a criação de diversas camadas dentro de uma rede física, que podem ser propagadas entre os switches, isolando e priorizando tráfegos específicos, como VoIP, sistemas críticos e rede de backup.
Com o advento das placas de 10Gbits, se popularizou uma técnica chamada de partition, que consiste em dividir logicamente essas interfaces em várias camadas, que aparecem para o sistema operacional como interfaces de redes distintas. Cada interface do partition pode ter uma parte da banda reservada, com endereçamento físico exclusivo, o que permite a criação do que é chamado de infraestrutura de rede convergente.
Além da capacidade de divisão da rede física em camadas lógicas, existem novas implementações que visam facilitar a gerência dessas redes, abstraindo todo o tráfego dos switches e transferindo a configuração para interfaces mais automatizadas, com o VMware NSX.
Virtualização de aplicação
Na virtualização de aplicação, uma camada de software instalado entre o sistema operacional e a aplicação virtualizada fica responsável pela abstração do sistema operacional, bibliotecas e drivers. O principal uso da virtualização de aplicações é para evitar a necessidade de instalação do aplicativo e a necessidade de validar todas as bibliotecas necessárias para a execução do mesmo.
Um aplicativo virtualizado normalmente é empacotado em um único arquivo, chamado de conteiner, que contém todas as bibliotecas necessárias para executar aquele aplicativo, e permite executar em computadores diferentes sem a necessidade de instalar todas as bibliotecas.
A virtualização de aplicativos também permite a coexistências de múltiplas versões do mesmo aplicativo ao mesmo tempo no mesmo computador, por exemplo, por questões de compatibilidade de sites, algumas empresas precisam executar uma versão específica e antiga do Internet Explorer, usando a virtualização, é possível que a URL daquele site execute uma versão do Internet Explorer virtualizada, enquanto que as estações podem ser atualizadas para sempre rodar a última versão nos demais sites, garantindo a segurança.
Exemplos de software para virtualizar aplicativos: VMware ThinApp
Virtualização de desktops
A virtualização de Desktops não é diferente da virtualização de Sistema Operacional e consiste em executar o sistema operacional do Desktop (Windows 7 ou Windows 8 por exemplo) em uma máquina virtual.
Pode ser executada dentro do próprio computador do usuário, mas isso exige que o computador tenha maiores recursos de CPU, espaço em disco e memória para permitir executar dois ou mais sistemas operacionais simultâneo. A grande utilidade nesse caso é para desenvolvedores, para terem acesso a diferentes versões do sistema operacional para testar o aplicativo. Um exemplo de software para virtualização de Desktop é o VMware Workstation e VMware Player.
Normalmente no ambiente empresarial a virtualização de Desktops é executada nos servidores, ou seja, o sistema operacional é executado no Datacenter, e o usuário final tem um desktop“cliente” mais modesto, como um Thinclient ou um Chromebook (veja em novidades do VMware PEX 2014).
A vantagem nesse caso é o ganho de performance dos desktops, que podem ser executados em servidores de alta performance e com maior conectividade, melhora na gerência, centralização, melhora na segurança, conectividade em qualquer lugar, compatibilidade com dispositivos móveis como tables e smartphones, entre outras.
Um exemplo de software para fazer virtualização de Desktops é o VMware Horizon View.
A virtualização é uma tendência geral dentro das empresas, pois permite a automatização de processos, facilidade de gerenciamento, uso adequado de recursos e a possibilidade de contabilizar exatamente quanto cada usuário ou departamento utiliza dos recursos computacionais.
O objetivo principal da virtualização é centralizar tarefas administrativas, conseguir escalabilidade de aplicações, responder mais rápido às necessidades do negócio e facilitar a vida dos gestores de TI e administradores de redes, storages e servidores.
A virtualização de servidores junto com capacidade de conexão da Internet é uma peça chave para a adoção da computação em nuvem pelas empresas.